quinta-feira, 14 de abril de 2016

Faz hoje 104 anos que se deu o naufrágio do "Barco Inafundável- O Titanic"

Faz precisamente hoje 104 anos que se deu o naufrágio do grande navio Titanic (14 de Abril de 1912) na sua viagem inaugural, que ligava Southampton a Nova Iorque.  Calcula-se que morreram entre 1490 a 1635 pessoas, no entanto os valores não são exatos devido a vários fatores (cancelamentos e pessoas que não usaram os seus nomes próprios). Já a Junta Comercial Britânica aponta para 1514 mortos.

Como tal decidi partilhar hoje um artigo que escrevi para a Blasting.news, na minha rúbrica "Mistérios da História", faz um ano, sobre certas curiosidades sobre o naufrágio do Titanic.


A VERDADEIRA HISTÓRIA DO TITANIC E O QUE FICOU POR CONTAR

O filme teve várias cenas idênticas à realidade, no entanto muito ficou por contar.

Passaram mais de 100 anos desde que o navio Titanic se afundou e passaram quase 20 anos após o lançamento do filme pelas mãos do realizador James Cameron. No entanto, muito do que se passou na ficção aconteceu realmente. Quais as cenas reais? Afinal a tragédia poderia ter sido evitada? Porque morreram tantos tripulantes?

O Titanic afundou-se a 14 de Abril do ano de 1912, aquando da sua primeira viagem. Esta foi uma das maiores tragédias a nível de viagens transatlânticas e deu origem ao famoso e galardoado filme de James Cameron produzido em 1997. No entanto, muito do que vimos na ficção foi real e a tragédia poderia ter sido evitada se o piloto do navio tivesse dado pela presença do icebergue 30 segundos antes. Sim, 30 segundos poderiam ter evitado o acidente!

Através do livro "Titanic and the making of James Cameron", de Paula Parisi, conseguimos encontrar algumas comparações da ficção com a realidade e que passamos a apresentar.

Uma das cenas mais realistas foi a banda que se manteve a tocar durante todo o tempo de acção do filme, situação que aconteceu realmente na tragédia.

No filme vemos o navio a afundar-se rapidamente mas, na realidade, o RMS Titanic demorou quase 3 horas a afundar-se completamente, sendo a aflição dos passageiros maior do que a que vimos no filme.

Outra curiosidade é que os botes salva-vidas poderiam ter salvo muitos mais passageiros do que aqueles que realmente salvaram. Ou seja, os botes tinham espaço para cerca de 50% dos tripulantes, mas apenas foram ocupados por cerca de 31% dos tripulantes. Isto deveu-se principalmente ao não treinamento dos responsáveis de salvamento, que era para ocorrer durante a viagem e foi cancelado pelo capitão. 

O acidente naval deu-se por volta das 23h40m, tal como vimos retratado no filme, e o barco de salvamento "Carpathia" apenas chegou perto das quatro da manhã. Mais uma vez muitas mais pessoas poderiam ter sido salvas, visto que existia uma embarcação muito mais próxima do acidente do que a que realmente chegou para salvar os sobreviventes. A embarcação SS Californian era a que estava mais próxima do Titanic, no entanto não respondeu ao pedido de socorro.

Outro aspecto que foi brilhantemente retratado no filme de James Cameron foi a temperatura da água, que estava nos 2 graus negativos, levando a que muitas pessoas morressem congeladas em menos de 15 minutos.

Relativamente a passageiros, a última sobrevivente da tragédia a falecer foi Milvina Dean, que na altura do acidente tinha pouco mais de 2 meses. A criança, que cresceu com os traumas do naufrágio, viria a falecer com 97 anos, em 2009. 

Apenas em 1973 se encontraram, a 4 quilómetros de profundidade, a maior parte dos destroços deste navio "inquebrável", podendo ainda estar por descobrir muitos mais destroços. No entanto, está prevista para 2016 a viagem inaugural do Titanic II, que já conta com uma lista de espera enorme.



Sem comentários:

Enviar um comentário